quinta-feira, 23 de agosto de 2007

Infonet - Informação na Net

Psicopedagogia e Tecnologia

Cristina Fonseca


A Psicopedagogia utiliza-se de diversos recursos para a realização do diagnóstico em cada uma de suas etapas. Recentemente o computador começou a fazer parte deste conjunto de recursos utilizados. Através de relatos apresentados em congressos e encontros de Psicopedagogia, podemos constatar que o computador é aplicado nas mesmas etapas por diferentes profissionais. Dentre as quais as preferidas são as que se assemelham as sessões lúdicas centradas na aprendizagem (para crianças) e as que seriam dedicadas à complementação com provas e testes.

Autores como Weiss (1992) e Oliveira (1996) têm sido referência no uso do computador no diagnóstico e já apresentam algumas conclusões:

Crianças e adolescentes realmente mergulhavam, por assim dizer, no que estavam fazendo, mantendo um nível de atenção mais intenso e prolongado, desvencilhando-se progressivamente da minha tutela [...]. Começo a vê-lo como um grande e inseparável instrumento de pesquisa e terapia junto a crianças e adolescentes (Oliveira, op. cit., p. 149).

Nesta direção, torna-se fundamental a compreensão da informática no desenvolvimento e enriquecimento do pensamento de crianças e adolescentes, assim como o entendimento do funcionamento afetivo que está articulado neste processo. Torna-se fundamental que o terapeuta possa usar, com segurança e eficiência, os novos instrumentos oferecidos pelo progresso constante da tecnologia da informação (Weiss, op.cit, p.127).

O computador ainda é um recurso muito pouco aplicado na clínica psicopedagógica. Também são poucas as pesquisas acerca de sua aplicação neste campo. Por isso, torna-se fundamental o estudo mais aprofundado desta matéria e o desenvolvimento de material adequado e específico.

O computador, no diagnóstico clínico psicopedagógico, entra como um recurso importante em um universo que conta com diferentes tipos de materiais. No computador, é possível perceber como o sujeito pensa, uma vez que podemos acompanhar suas atitudes e ver o resultado da sua representação na tela. O processo de aprendizagem se torna visível para o psicopedagogo através da observação dos esquemas de representação; não como expressões gráficas, mas como expressões da estrutura mental.

No espaço computacional, pode-se integrar diferentes tipos de linguagens, manipulando e simulando situações imaginárias de forma mais plástica e menos dependente de limitações psicomotoras.

Segundo Oliveira (1996, p. 156), o computador possibilita:

a observação dos tipos de relação que o sujeito cria e sua flexibilidade ou rigidez;
a leitura do sujeito quanto à construção da autonomia;

a observação da organização do seu pensamento diante da necessidade de uma estruturação prévia da mesma e sua seqüência lógica posterior;

a observação da sua estrutura cognitiva, dos mecanismos de transferência de aprendizagem;
o diagnóstico da percepção visual do sujeito e suas implicações com o seu pensamento lógico;
diagnosticar dentro de um mesmo contexto e situação vários aspectos implicados no processo de aprendizagem.

Segundo Weiss (op. cit., p.126), no diagnóstico, constata-se na relação sujeito/computador, diferentes aspectos de sua conduta cognitiva, afetiva, social, além do seu nível de conhecimento pedagógico deixando claras as interligações sempre existentes nestes âmbitos.

Devemos ressaltar que há uma condição para que o computador possa exercer este papel na clínica psicopedagógica: o psicopedagogo precisa conhecer os recursos tecnológicos para poder escolher os mais adequados a cada situação e saber ler e analisar as atitudes do sujeito diante do mesmo.

Onde conhecer softwares:

http://www.edsoft.futuro.usp.br/default.asp
O projeto Edsoft é um catálogo online de softwares educacionais que visa contribuir com a educação nacional proporcionando suporte aos profissionais da educação e alunos do ensino fundamental, médio e superior no sentido de oferecer acesso rápido, simples e de forma organizada às informações sobre títulos de diferentes áreas do conhecimento.

Onde conhecer e comprar softwares:

http://www.visaoeducacional.com.br

http://www.softmarket.com.br


Norma culta e linguagem virtual

Um aspecto importante a ser discutido

Juliane Vila Nova








Há alguns anos, o computador era algo que poucos tinham o privilégio de ter e seu uso se restringia a processar textos. Aos poucos, a internet passou a ser um meio de comunicação e vem crescendo a cada dia. Assim, começou-se a discutir sobre a influência que a linguagem virtual tem exercido sobre a norma culta.

Primeiramente, é necessário explicar que a linguagem virtual (o “internetês”) é uma espécie de mistura da linguagem escrita e oral com direito a muita abreviação, na maioria das vezes, são expressões difíceis de serem decifradas, para os que desconhecem os códigos, e servem para atender à velocidade que as conversas ocorrem, uma vez que podemos nos comunicar com vários usuários ao mesmo tempo.

Com o fenômeno da internet aumentou, e muito, o número de escritores. Apesar disso, a escrita virtual tem gerado muitas polêmicas. Uma delas é se o linguajar virtual não está transgredindo a norma culta de nossa língua. É evidente que cada vez mais usuários cometem erro de pontuação, gramática e ortografia mas, para muitos educadores a linguagem virtual não influencia de forma negativa a aprendizagem da norma culta porque uma não se dá, necessariamente em detrimento da outra. “Se você escrever de forma rebuscada nessas salas de bate papo, não estará fazendo um bom uso da linguagem, já que o meio impõe um ritmo próprio. Da mesma forma, se usar essa linguagem, por exemplo,na produção de um documento seu uso estar inadequado”, afirma a educadora Maria Ivone Domingues.

Por outro lado, muitos professores condenam a prática dessa nova linguagem, afirmando que ela prejudica a compreensão e o uso da língua culta.

Enfim, é importante que saibamos diferenciar os momentos em que devemos usar a linguagem virtual dos que podemos usar uma linguagem mais formal, não é, simplesmente, negá-la ou ignorá-la, é sim se conscientizar sobre seu uso.


FONTES DE PESQUISA

www.aomestre.com.br

www.novaescola.org.br




0 Comentários:

Postar um comentário

Assinar Postar comentários [Atom]

<< Página inicial